Olá meninas na verdade, não há um momento certo para a analgesia de parto. A analgesia é indicada quando a mulher solicita o procedimento, quando ela já não consegue mais suportar as dores, quando já ultrapassou seu limiar de dor.
Não é o médico que decide. Quem decide pelo uso da analgesia durante o parto é a própria paciente. Por isso, é fundamental realizar um pré-natal adequado, baseado em confiança e respeito. É importante a paciente conversar muito, sempre, em todas as consultas sobre as suas dúvidas, fazer o plano de parto (se desejar), para que o obstetra possa conhecer o que de facto a mulher deseja.
✅ A dor é aliada e não inimiga da mulher nesse processo. É a dor que guia a mulher a adotar as melhores posições e que facilita a descida e rotação do bebê. É o estado subconsciente proporcionado pela dor que ajuda na produção ideal dos hormônios envolvidos no trabalho de parto. Na maioria das vezes, os métodos não farmacológicos, como banho quente, massagem, banheira (sonhar não paga imposto neh?), mudança de posição, evitam a analgesia.
Quando a paciente entra na famosa partolândia, ela solicita vários procedimentos, varias intervenções, como analgesia ou até mesmo a cesariana, sem de facto querer. Quando nós médicos conhecemos nossa paciente (as longas e demoradas consultas de pré-natal são para isso mesmo!), quando tudo fica esclarecido no pré-natal, nós sabemos até onde podemos ir com cada uma, sempre respeitando a vontade da mulher.
Mas não é o médico que vai indicar a analgesia. Se a paciente não solicitar, significa que para ela, até o momento, não há necessidade. Se as vezes ela solicita, mas já informou previamente que não quer de jeito nenhum, cabe ao médico tentar, entre uma contração e outra, ir conversando, apoiando e tentando outros métodos de alívio da dor e diga-se, são muitos. Lembrando também que entre nós são ainda poucas unidades com anestesiologistas fazendo essa prática.